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Travessias Textuais no evento Elas Publicam

No último final de semana, dia 17/03, eu estive no Elas Publicam, em Brasília, DF. O

evento, pensado e organizado por Lella Malta, foi direcionado produzido e realizado por e para mulheres. Na programação, pudemos escutar diversas mulheres que trabalham com publicação: as escritoras Fabi Guimarães, Vanessa Passos, Thaís Cardoso e Juliana Dantas; a revisora Pri Calado; Karina Lourenço, da Publish News; Lucy Miguel, do KDP da Amazon Brasil; Daniela Diniz, advogada especialista em leis de incentivo à cultura; Natália Aniceto, da AVÁ Editora; e Ariane Frances e Camile Sahb, proprietárias da Circulares Livros, uma livraria de rua em Brasília, que tem uma curadoria especialmente pensada nas mulheres e nas minorias.


Todas elas trouxeram seu conhecimento para partilhar conosco, o público - exclusivamente composto por mulheres, com escritoras, revisoras, leitoras críticas, editoras e professoras de escrita. Além da troca com as palestrantes, pudemos trocar muito entre nós, pois tivemos um excelente happy hour, com muito jazz.


Em um mês em que temos discutido, nas redes do Travessias, sobre a invisibilidade das mulheres na literatura, eventos como esses parecem ainda mais fundamentais para diminuir as distâncias, para dar destaque às nossas vozes e, principalmente, para desmistificar a publicação e podermos nos assumir como escritoras. Fabi Guimarães, por exemplo, nos trouxe um pouco de sua história e dividiu dicas que considera preciosas - encontrar nossa "voz literária" foi uma das que mais gostei! Vanessa Passos falou sobre a carreira literária, enfatizando o quanto esse trajeto é composto por silenciamentos, os quais não podem nos abater, e o quanto "escrever também é voz", nas suas palavras. Thaís Cardoso nos coloca o "eu sou porque nós somos", nos lembrando da importância de honrar aquelas que fizeram esse caminho antes de nós. Juliana Dantas nos mostrou a possibilidade da autopublicação, incentivando-nos a pensar a escrita como nossa fonte de renda.


Ao nos encontrarmos, pudemos perceber o quanto podemos caminhar junto a outras mulheres que também estão nessa trilha, e o quanto essa troca entre nós é enriquecedora - vemos os pontos em comum, crescemos com as diferenças. Chego em casa com a sensação de comunidade, como as guildas das beguinas - ousamos desafiar o status quo do cânone - tanto das nossas escritas quanto do mercado editorial, o qual insiste em nos apagar.


No final do evento, Lella divulgou que a próxima edição será em Campinas, SP, no segundo semestre de 2023, com data a ser confirmada. Por aqui, já estou animada e aguardando esse encontro tão proveitoso!



Algumas fotos do evento:

Pri Callado, falando sobre revisão decolonial. (Foto: acervo pessoal)

Vista do lugar onde aconteceu o evento: a ponte Juscelino Kubitschek, em Brasília. (Foto: acervo pessoal)

Vanessa Passos, mostrando a importância de pensar no caminho do livro, do escritor ao leitor. (Foto: acervo pessoal)

Natália Aniceto, da Avá Editora, nos mostra muitas possibilidades na forma dos livros. (Foto: acervo pessoal)

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